sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

A Maravilhosa Sra. Maisel (The Marvelous Mrs. Maisel, 2017-)


Miriam “Midge” Maisel (Rachel Brosnahan) é uma típica esposa suburbana da década de 1950. Tem um apartamento que cuida de fazer a comida e mante-la organizada, enquanto o marido trabalha para o sustento da família. Ela tem dois filhos que passam a maior parte do tempo com seus pais, que moram no mesmo prédio.
Midge e seu marido, Joel Maisel (Michael Zegen), são de família judias e se conheceram na faculdade. Ele é um administrador de empresa, mas não se sente bem no local onde trabalha, vendo-se estagnado. Então Joel decide se tornar stand up comedy, contando com total apoio de sua esposa, ele busca apresentações no Gaslight Cafe, uma boate gerenciada por Susie Myerson (Alex Bornstein), uma mulher difícil de dobrar e bem ignorante. Após uma péssima apresentação, Joel decide terminar o casamento com Midge e revela estar tendo um caso com a secretária. Depois de se embebedar, Midge se apresenta no Gaslight e é presa, aonde conhece o comediante Leny Bruce (Luke Kirby). Susie paga a fiança de Midge e a convence de que ela nasceu para os palcos, então, a partir daí ela tenta seguir em frente com sua vida e, ao mesmo tempo, ter uma carreira de comediante as escondidas.
“A Matravilhosa Sra. Maisel” teve sua primeira temporada lançada no sistema streaming da Amazon em 2017 e, de cara, teve grande repercussão. A série é um retrato de uma época onde a mulher era – quase – um objeto da casa. Mulheres independentes eram raras, principalmente iguais a Midge Maisel, cuja a vida estava no auge daquela sociedade patriarcal. Tinha casa, dois filhos, um marido trabalhador. Ela parecisa feliz com tudo aquilo, principalmente ao ver o marido fazer o que ela poderia fazer, ou seja, ser uma grande comediante. Quando temos a quebra desse sistema, a primeira coisa que fazem é culpa-la de não ter sido uma boa esposa, então vemos a quebra interna, o ligar do botão “F***-SE” e extravasar. A independência de Midge vem aí, nesse momento que se solta no palco do Gaslight Café. Daí por diante, ela vai se descobrindo e amadurecendo seu talento com o passar do tempo.
Mesmo que pareça um drama chato, não é. “A Maravilhosa Sra. Maisel” é uma comédia divertida, com momentos – bem raros – picantes. Não é a típica comédia para se ver em família, mas também não pode deixar de ser vista.
Os trabalhos de cena dos atores é muito bem realizado. Você vê um entrosamento entre todos os atores. E é sempre legal ver rostos conhecidos em cena. Temos atores conhecidos como Marin Hinkle (Two and a Half Man), Tony Shalhoub (Monk), Kevin Pollak (Mad About You), David Paymer (The Good Wife), Jane Lynch (Glee), entre outros, ao lado de outros – que podem não ser novos, mas com menos regularidade – como Rachel Brosnahan, Michaekl Zegen e Alex Bronstein. Todos sob a batuta talentosa de Amy Sherman-Palladino, que nos dá uma série que é difícil para de ver.
Sinceramente, eu esperava mais uma comédia comedida e sem muitas nuances e desenrolares da história, mas não é o caso de “A Maravilhosa Sra. Maisel”, pois você nunca sabe o que esperar que vai acontecer, como em um verdadeiro stand up comedy, onde você pode ter tudo preparado ou pode ser completamente original e improvisar, conseguindo os dez minutos de gargalhada tão desejados.
“A Maravilha Sra. Maisel” é entretenimento gostoso e com garantia de diversão.

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