Miriam “Midge” Maisel (Rachel Brosnahan) é uma típica esposa
suburbana da década de 1950. Tem um apartamento que cuida de fazer a comida e
mante-la organizada, enquanto o marido trabalha para o sustento da família. Ela
tem dois filhos que passam a maior parte do tempo com seus pais, que moram no
mesmo prédio.
Midge e seu marido, Joel Maisel (Michael Zegen), são de
família judias e se conheceram na faculdade. Ele é um administrador de empresa,
mas não se sente bem no local onde trabalha, vendo-se estagnado. Então Joel
decide se tornar stand up comedy,
contando com total apoio de sua esposa, ele busca apresentações no Gaslight
Cafe, uma boate gerenciada por Susie Myerson (Alex Bornstein), uma mulher
difícil de dobrar e bem ignorante. Após uma péssima apresentação, Joel decide
terminar o casamento com Midge e revela estar tendo um caso com a secretária.
Depois de se embebedar, Midge se apresenta no Gaslight e é presa, aonde conhece
o comediante Leny Bruce (Luke Kirby). Susie paga a fiança de Midge e a convence
de que ela nasceu para os palcos, então, a partir daí ela tenta seguir em
frente com sua vida e, ao mesmo tempo, ter uma carreira de comediante as escondidas.
“A Matravilhosa Sra. Maisel” teve sua primeira temporada
lançada no sistema streaming da Amazon em 2017 e, de cara, teve grande
repercussão. A série é um retrato de uma época onde a mulher era – quase – um
objeto da casa. Mulheres independentes eram raras, principalmente iguais a
Midge Maisel, cuja a vida estava no auge daquela sociedade patriarcal. Tinha
casa, dois filhos, um marido trabalhador. Ela parecisa feliz com tudo aquilo,
principalmente ao ver o marido fazer o que ela poderia fazer, ou seja, ser uma
grande comediante. Quando temos a quebra desse sistema, a primeira coisa que
fazem é culpa-la de não ter sido uma boa esposa, então vemos a quebra interna,
o ligar do botão “F***-SE” e extravasar. A independência de Midge vem aí, nesse
momento que se solta no palco do Gaslight Café. Daí por diante, ela vai se
descobrindo e amadurecendo seu talento com o passar do tempo.
Mesmo que pareça um drama chato, não é. “A Maravilhosa Sra.
Maisel” é uma comédia divertida, com momentos – bem raros – picantes. Não é a
típica comédia para se ver em família, mas também não pode deixar de ser vista.
Os trabalhos de cena dos atores é muito bem realizado. Você
vê um entrosamento entre todos os atores. E é sempre legal ver rostos
conhecidos em cena. Temos atores conhecidos como Marin Hinkle (Two and a Half
Man), Tony Shalhoub (Monk), Kevin Pollak (Mad About You), David Paymer (The
Good Wife), Jane Lynch (Glee), entre outros, ao lado de outros – que podem não
ser novos, mas com menos regularidade – como Rachel Brosnahan, Michaekl Zegen e
Alex Bronstein. Todos sob a batuta talentosa de Amy Sherman-Palladino, que nos
dá uma série que é difícil para de ver.
Sinceramente, eu esperava mais uma comédia comedida e sem
muitas nuances e desenrolares da história, mas não é o caso de “A Maravilhosa
Sra. Maisel”, pois você nunca sabe o que esperar que vai acontecer, como em um
verdadeiro stand up comedy, onde você
pode ter tudo preparado ou pode ser completamente original e improvisar,
conseguindo os dez minutos de gargalhada tão desejados.
“A Maravilha Sra. Maisel” é entretenimento gostoso e com
garantia de diversão.
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