Henri “Papillon” Charrière (Charlie
Hunnam) era um arrombador de cofres quando foi acusado injustamente do
assassinato de um gigolô e, por causa disso, foi destinado a uma colônia de
prisioneiros na Guiana Francesa, onde conheceu Louis Dega (Rami Malek), um
milionário que foi acusado de falsificação. Como foi condenado a prisão
perpétua, Papillon somente tinha um objetivo, a liberdade, e lutaria por isso
até quando suas forças permitissem.
Baseado nos livros “Papillon” e “Banco”
de Henri Charrière, o filme “Papillon” conta como o personagem título conseguiu
sobreviver as colônias prisionais da Guiana Francesa, de St. Joseph’s e da Ilha
do Diabo, o último destino de Charrière. O impressionante da história não são
somente as fugas de Papillon, mas também o enorme laço de amizade que ele criou
com Louis Dega. Também temos a esperança no ar, de várias formas. Dega tinha
esperanças de liberdade através de uma apelação de seu advogado e sua esposa,
Papillon tinha esperanças de liberdade através da fuga, assim como vários
outros prisioneiros, mas a diferença era saber como mantê-la, algo que ele
soube.
Daí entro no sentido de
comparação. Em 1973, o diretor Franklin J. Schaffner dirigiu o filme “Papillon”,
com base no roteiro escrito por Dalton Trumbo e Lorenzo Semple Jr. No filme ele
contava a mesma história de Charrière, sua prisão, sua amizade com Dega, suas
tentativas de fugas e, a partir daí, existem as diferenças, pois no filme de
Schaffner percebe-se um maior aprofundamento no livro, pois existem detalhes
entre os dois filmes bem distintos. Aaron Guzikowski preferiu concentrar-se
mais nos objetivos de Charrière do que no panorama geral, ago que Trumbo e Semple
Jr. fizeram. Já a direção de Michael Noer é bem realizada. Ele consegue
trabalhar as atuações de todos os personagens de forma bem centrada em seu
objetivo.
Não julgarei atuações, pois
comparar Charlie Hunnam e Rami Malek com Steve McQueen e Dustin Hoffman seria
ousado demais da minha parte e não tenho esse objetivo. Para mim, as atuações
de Hunnam e Malek são bem satisfatórias e bem dentro do contexto da história.
Me impressiono muito com o trabalho de Malek que a cada dia que passa demonstra
seus um ator formidável. Seus dois trabalhos desse ano somente me alegraram.
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