Em 02 de setembro de 2018 perdemos um dos maiores marcos de
pesquisa e história do Brasil, o Palácio de São Cristovão, localizado no Parque
da Quinta da Boa Vista, sede do Museu Nacional desde 1892. Nele vários
acontecimentos históricos ocorreram, como a assinatura da Declaração de
Independência do Brasil do domínio de Portugal, também em seu interior, para
demonstrar o fim do Império e o começo da República, foi assinado a Primeira
Constituição Republicana do Brasil.
Em 1942, durante o governo do presidente Eurico Gaspar Dutra
(1946-1951), o Museu Nacional passou a ser administrado pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro.
Em 06 de junho de 2018, o Museu Nacional completou dois
séculos de existência e, mesmo passando por vários problemas estruturais, era
ponto turístico costumeiro do Rio de Janeiro, tendo várias visitações. Além
disso, servia de sede de várias pesquisas científicas que eram ligadas a
botânica, entomologia, geologia, gemologia, etnologia, arqueologia, zoologia, entre
outros. Seu acervo tinha um total de 20 milhões de peças, mas com a perda,
perdeu-se muito dele.
Em uma campanha iniciada pela administração do Museu Nacional
e seus pesquisadores, intitulada Museu Nacional Vive, várias partes do que
sobreviveu e foi resgatado do acervo, foi apresentado ao público nos dias 22 e
23 de setembro de 2018.
A constante busca para manter a memória do que se perdeu,
vem surgindo em redes sociais com o hashtag
#museunacionalvive, dentre elas veio da Mauricio de Sousa Produções.
A empresa, fundada por Mauricio de Sousa em 1959, tem vários
personagens criado pelo seu fundador, dentre eles a Turma do Penadinho que é constituída
por personagens sobrenaturais que vivem em um cemitério e tem histórias que
variam de comédia a conscientização. A Turma do Penadinho já prestou várias
homenagens a personalidades que faleceram, como o Papa João Paulo II.
Com a perda do patrimônio de pesquisa e história do Brasil,
a Turma do Penadinho retornou para prestar mais uma linda e maravilhosa homenagem ao Museu Nacional, localizado no Palácio de São Cristovão, na Quinta
da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Com roteiro de Flavio T. Jesus, desenho de
Jairo A. Santos, arte-final de Kazuo Yamassake e letras de Eliza T. K. Lacerda,
a turma começa um resgate de nossa memória, trazendo as peças e objetos que se
encontravam no interior do Museu. Do meteoro de Bendegó ao crânio de Luzia,
várias são as peças que eles prestam homenagem e, possivelmente, se perderam no
incêndio criminoso* que
ocorreu no interior do Palácio. A Mauricio de Sousa Produções está de parabéns
por essa linda homenagem.
P.S.: Agradeço a Sidney Gusman, Mauricio de Sousa e Mônica de Sousa por me permitirem fazer essa postagem.
* Devido ao descaso do governo federal, durante anos, com o Museu
Nacional e seu patrimônio, EU considero como criminoso o acontecido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário