quarta-feira, 26 de março de 2008

Vampirologia

O que é ser vampirólogo?
Bem, quando as pessoas me ouvem falar - ou mesmo lêem - que eu sou vampirólogo, pensam que é porque eu acredito na existência de vampiros... É verdade, eu acredito!
Calma aí, não se prendam somente ao mito do vampiro dentuço, que bebe sangue de suas vítimas (em geral mulheres de corpos esculturais). O mito é interessante - ainda mais quando existem personagens como Vampirella -, já que de acordo com ele a pessoa que virar vampiro, ganha imortalidade, mas a realidade do vampirismo é bem pior do que isso.
Um vampyro (com "y", para diferenciar do mítico) é uma pessoa que drena o prâna (energia psíquica, vital, que mantém o corpo físico funcionando) de outro ser humano. A intenção dessa drenagem é se manter mais "forte" que aquele de quem se retira. A idéia do vampyro mitológico se desfaz quando tomamos conhecimento que qualquer um pode ser um vampyro e ele existem das mais diversas e infinitas formas. Ele pode ser somente um vampyro psiquico, ou mesmo um vampyro sexual ou emocional ou - para mim o pior deles - astral.
Um vampyro pode ser simplesmente a pessoa que está lendo, sem nem ter idéia que é um. Ele drena do ser humano e se sente bem, enquanto desgasta o outro próximo a ele. Mas nem sempre de drenagem um vampyro vive, ele pode ser também um doador, as vezes espontâneo, doa sem nem perceber que o faz.
Como saber se você é doador ou drenador? Estudando, procurando saber sobre o assunto. Não existe uma fórmula ou mesmo um tipo de cerimônia mágica, na qual você se transforma num vampyro, e não é outra pessoa te drenando que você se tornará em um, tudo é uma questão de estudo e pesquisa e - nas maiorias das vezes - muita prática.
Esqueçam - temporariamente - todos os mitos do sol, espelho, alho e objetos sagrados ou santificados. Vampyros vivem entre nós, podem ser nossos(as) colegas de trabalho, nossos(as) - melhores - amigos(as), nossas(os) namoradas(os) ou - mesmo - nossas(os) amantes. Mas não fique desconfiado da pessoa a sua volta, pois se ela quisesse lhe fazer algum mal, acredite, já teria feito. Eles vivem na nossa sociedade, não a margem dela. Eles namoram, transam, dançam, passeiam no parque - com o cachorro ou não -, frequentam barzinhos, têm amigos e vivem uma vida - quase - normal. Não são seres andróginos (como nos livros de Anne Rice), nem assassinos impiedosos (como em vários filmes de vampiros), só drenam o suficiente para a própria sobrevivência, mas lógico que com isso eles têm um objetivo, a imortalidade.
É complicado você falar que não são imortais como os míticos, mas é isso mesmo. O que se torna imortal é a memória latente.
Tenhamos a seguinte idéia: um corpo físico é uma veste, um traje, para nosso espírito, nossa essência vital. Este corpo envelhece, perde sua elasticidade e se decompõe, mas nosso espírito emerge desta estrutura e continua até a reencarnação (transmigração da alma) para outra roupagem, só que no período entre o desencarnar e o reencarnar, nossas lembranças de vidas passadas se perdem, ficando estagnadas, mas com o vampyro é um pouco diferente. Quando ele consegue desencarnar, ele se usa da essência drenada para conservar essas memórias em estado latente, para quando regressarem ao hábito de drenagem, seja mais fácil de recuperá-las. A imortalidade da memória, da lembrança, é o que torna o vampyro um ser imortal.
Vampyros não criam clãs (como pré-estabelecidos por RPGistas), muitas vezes podem vir a criar sociedades secretas, para manterem a integridade de suas práticas, mas em geral são grupos de pesquisa e estudo, no qual desenvolvem meios de praticar a drenagem sem serem percebidos ou mesmo detectados por caçadores.
Caçadores existem? Sim, eles sempre vão estar com suas estacas - lógico que isso mata! Pensa bem num maluco te enfiando isso no peito! - e seus crucifixos, tentando punir os sanguinarius (drenadores, que bebem sangue (nojento!)) e os psyvamps (drenadores de prâna). Não importa o meio, os caçadores sempre vão usar as mesmas armas: estaca, facão - para cortar a cabeça do vampi(y)ro - e o fogo, no intuito de purificar a alma do morto. Este tipo de gente é pior do que os vampyros em si, pois - na maioria das vezes - violam túmulos, sem o mínimo de respeito.
Agora vem a questão, eu sou um vampyro? Já passei por situações constrangedoras por causa desse "achismo", mas não... Definitivamente não sou um vampyro. Sou um pesquisador, um eterno estudante desse tipo - estilo - de vida que eles assumem, para manter algumas memórias vivas durante toda a eternidade da alma.
Abaixo segue o Black Veil (Véu Negro), na sua versão mais atualizada:
1-Segredo!
O Segredo assegura, protege e nos une em nosso pacto. Nosso mistério é apenas nosso, e quem quer que o decida explorar deve fazê-lo através de sua própria iniciativa e ação. Os ilusionistas brincam com nossas mentes em seus shows com truques a própria vista, assim nós vampyros também o fazemos. Honramos a escolha de um que prefere manter em segredo sua vida noturna daqueles que conhecem apenas sua vida diurna. E nunca compartilhamos essas informações sem a permissão explícita do mesmo. Mistérios interiores e sua revelação ficam a cargo do The Synod. Não partilhamos estes segredos com a mídia, não o partilhamos com os não-iniciados e nem com aqueles que não sejam do sangue! Isto é uma violação destes pactos. Se você for falar, fale apenas por você mesmo, não pelo Sanguinarium.
2- Honre a lei mundana!
Haja de acordo as leis da sociedade mundana que você vive [País, Estado, cidade e etc.] Mesmo que você discorde da mesma!!!A nossa segurança de explorarmos nosso lado noturno [Nightside] depende em grande parte dela, se por ventura discordarmos da mesma devemos ter maturidade e nos tornarmos socialmente responsáveis o suficiente para mudarmos a mesma de forma democrática e pública.
3- A metáfora do Sangue!
“Sangue é apenas uma metáfora para algo mais sutil chamado de força-vital [Prana]". Esta metáfora também simboliza os elos da família formada pelas comunidades Strigoi Vii. Ser um vampyro é muito mais do que a mitologia hollywoodiana mostrou e não necessita o consumo de sangue físico para satisfazer a fome espiritual. Há outras formas de comunhão que são muito mais eficientes e atualmente bem desenvolvidas. Este pacto torna claro o óbvio, que é necessário evitar o consumo do sangue humano devido a sérias complicações judiciais e de saúde [afinal ainda vivemos no mesmo mundo o­nde existe hepatite, AIDS/HIV. Sífilis e etc.]. Ser um Strigoi Vii, um vampyro não necessita de alimentação sanguínea.
4- Responsabilidade!
Nós devemos honrar a necessidade de estabelecermos objetivos materiais e racionais, antes de nos lançarmos rumo a exploração de nosso Nightside, devemos ter um bem estruturado Dayside. Espera-se que aqueles que irão conhecer nossos mistérios tenham alcançado a maioridade e a idade de 18 anos, não será permitido o envolvimento público ou privado de menores de idade na cena vampyrica.
5- Civilidade
Este se aplica ao tratamento para assuntos individuais. Se você tem problema com outro "do sangue", resolva-o particularmente, privativamente e com toda civilidade possível. Honrar e manter os códigos perdidos da etiqueta demonstra maior refinamento e uma melhor apresentação social dentro dos Sanctus e para os mundanos.
Querendo saber mais, a vários sites especializados sobre o assunto. Abaixo alguns destes sites:

5 comentários:

Anônimo disse...

AMEI ESTE TEXTO!!!
ASSIM COMO VC QUERO ESTUDAR MAIS SOBRE OS VAMPYROS.

Mylly disse...

Qual é o significado do simbolo da espada?

Unknown disse...

Eu sou fanático por vamoros e um apaixonado pela história de Drácula, que realmente, existiu! Parabéns pelo texto!Se alguem tbm curtir, meu whatsaph: 21 994328187. Abraços!

Unknown disse...

Fanático por * vampiros

André Luz disse...

Não é uma espada, Mylly - desculpa somente responder agora -, mas uma Ankh - provavelmente você já sabe disso.
A Ankh - ou cruz ançada - era um objeto no Antigo Egito ligado à morte. Era a chave de Ánubis para abertura do Mundo dos Mortos, sendo assim, quem a possuísse teria a imortalidade.