Renato Russo em sua
música “Love In The Afternoon” começa cantando:
“É tão estranho / Os bons
morrem jovens / Assim parece ser / Quando me lembro de você / Que acabou indo
embora / Cedo demais...”.
Algumas vezes o destino
nos carrega pessoas preciosas que tem o costume de iluminar nossa vida e fazer
dela melhor. Os céus exigem esta pessoa que nos dá alegria, para que ele venha
a alegrar o reino divino.
Esta manhã de
segunda-feira (08/07/2013), através da atriz Lilian Menenguci, tomei
conhecimento do falecimento do meu amigo, o ator Gleison Dutra.
Gleison anos atrás lutou
contra uma leucemia, fez transplante e conseguiu uma vitória, que exigiu muito
de sua saúde. Ele lutou arduamente todos os dias, fazendo o que mais amava em
todo o mundo: o teatro.
Gleison era um rapaz com
saúde exemplar, ia de bicicleta de sua casa (em Cariacica) até a – hoje –
Escola Técnica Municipal de Teatro, Dança e Música Fafi, que se localiza em
Vitória – ES, para fazer suas aulas de teatro, na qual teve graduação no final
do ano de 2000.
Eu tive o prazer de
trabalhar ao seu lado em duas peças: “Os Pequenos Burgueses”, de Máximo Gorki,
e
“O Casamento Suspeitoso”, de Ariano Suassuna. Em ambas, Gleison demonstrou
toda sua paixão pelo palco na construção de dois personagens magníficos, sendo
que o último, o gago Gaspar, é o que todos mais recordam, pois ficamos em
temporada com a peça “O Casamento Suspeitoso” duarente o ano de 2001.
Gleison lutou bravamente
como um herói que entra em um combate com o objetivo de vitória. Trabalhou com
o diretor, ator e produtor José Luiz Gobbi em vários trabalhos de palco, além
de auxiliá-lo como diretor e professor na Escola Leonardo da Vinci, onde dava
aula de interpretação para os alunos.
Mas como todas as
batalhas, nem sempre elas são favoráveis aos maiores guerreiros. Agora Gleison
se encontra no Elísio, auxiliando Dioniso e Apolo, atuando ao lado dos grandes
Moliére, Shakespeare, Nelson Rodrigues, e tantos outros. Mas ele nos deixa uma
lição que nenhuma batalha deve ser considerava vencida. Que devemos sempre
lutar por aquilo que acreditamos e que nos empenhamos a acreditar que é o
melhor para nós. A batalha pela vida de Gleison e sua eterna continuidade junto
àquilo que ele mais amava, só nos mostra que somos pessoas que devemos crer
mais em nós mesmos.
Obrigado por isso,
Gleison. Uma vez – durante uma aula na Fafi – falei em sala que considerava a
todos como minha família, então posso dizer que sempre te considerei como um
irmão, que demonstrou para mim que a felicidade sempre está dentro de nós e
precisamos sempre buscá-la, não importa o que aconteça.
ADEUS MEU GUERREIRO!
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